sábado, 7 de abril de 2012

Ressurreição, tempo de misericórdia - Pe. Fábio de Melo



O tempo é de ressurreição. Já não podemos mais ouvir os gritos do calvário, o movimento curioso de quem desejava a tragédia , a morte pública e cruel. O que temos é o jardim vistoso sugerindo primaveras. A vida revestida de cores mansas como se uma chuva miúda devolvesse aos poucos o frescor que combina com as manhãs.

O que me instiga em tudo isso é a falta de provas para o fato. O sepulcro estava aberto, vazio. Mas isso não era o suficiente para que a ressurreição fosse proclamada. Alguém poderia ter roubado o corpo. Não faltariam incrédulos para essa suspeita.

A certeza da ressurreição não consiste em provas materiais para o fato. A imposição dessa verdade não passa pela materialidade do mundo, nem tampouco pode ser explicada através das claras regras que foram postuladas por nossa razão cartesiana.

Estamos falando de algo maior, superior. O que despertou o grito da ressureição foi o encontro dos olhares de quem havia estado com Ele. Foi o momento em que João reconheceu em Pedro a presença do Mestre. Resquícios esquecidos na alma, doação existencial que o configurava de forma renovada, como se tivesse nascido de novo.

"Ele está no meio de nós!" - A voz proclama. Gita o que ainda não compreende. Grita o que intui em mistério, o que descobre aos poucos. A alma reconhece na carne o milagre da continuidade. Os desdobramentos da Eucaristia celebrada dias antes tornam-se evidentes. João vê na carne de Pedro a carne de Jesus. É o mesmo sangue, é a comunhão estabelecida. O sangue jorrado na cruz encontrou novas veias e por elas corre.

É o olhar epifânico ardendo como a sarça ardeu diante dos olhos de Moisés. Sarça humana, pupilas dilatas de alegria, incapacitadas de esconderem os olhos que estavam por trás dos olhos de Pedro. Olhos que deixaram de brilhar no calvário, mas que agora são reacendidos nos olhos do amigo que ficou. O apóstolo é a continuidade do Mestre. Simbiose que faz o agir ser o mesmo, como se uma costura atasse a vida de Pedro à vida de Cristo.

É o ser emprestado em sacramento, força que o altar atualiza e que a alma recebe prostrada, generosa. A sobrevivência do Cristo passa pela alma que o aceita. É preciso acolher o dom de ser ressurreto. Passa pela nossa carne esta mística que nunca terá fim. Não aceitá-la é o mesmo que viver a privação da felicidade. Não é possível ser feliz fora desta dinâmica. As religiões nos ensinam. É preciso aprender. O altar estendido é o banquete do encontro. O Cristo sentado à mesa nos ensina de forma simples e duradoura que é preciso crescer na ressurreição. Ele nos dá de comer. "Isto é o meu corpo". Ele nos dá de beber. "Isto é o meu sangue".

É Nele que nos transformamos. Quando por Ele nos decidimos,, Dele nos tornamos continuidade. Cada um ao seu modo vive o seu processo. É estrada humana também. Jesus nos ensinou a humanidade antes de nos propor o céu. Por isso o aperfeiçoamento de tudo o que é humano é exercício de santidade. O pecado nos mata, mas a ressurreição nos socorre.

Viver e morrer são dinâmicas inevitáveis. Cada um sabe o tanto que morre. Cada um sabe o tanto que vive. As escolhas estão por toda parte.

Mas o Cristo está diante de nós. Em suas mãos não há outra coisa senão a sua Misericórdia. O motivo de sua morte é o motivo de nossa vida. Ele morreu porque quis nos ensinar que a justiça divina compreende também a sua capacidade de amar. Ele nos deu o direito de sermos íntimos do Pai. Ensinou caminhos simples, diretos, sem rodeios.

Ensinou que podemos ser santos, mesmo sendo proprietários de tantos defeitos. Ensinou que há sempre uma esperança escondida dentro de nós, e que procurar por ela é um jeito bonito que temos de colocar os nossos passos nas marcas de seus pés.

Neste tempo de Ressurreição queiramos a sua misericórdia.

Eu quero. Queira também. Eternamente.

Via-Sacra da Juventude 2012

Como de costume há 14 anos, participamos de mais uma edição da Via-Sacra da Juventude. Este ano refletimos sobre a saúde pública do nosso país, atendendo ao pedido da Igreja com a Campanha da Fraternidade 2012. Confiram as fotos!






























Material da Formação - A Missa parte por parte - 31/03/2012


ritos iniciaiS

CANTO DE ENTRADA

Durante o Canto de Entrada, o padre que preside a Missa, acompanhado dos Ministros ou Acólitos, dirige-se para o altar. Faz uma inclinação profunda e depois beija o altar (beijo endereçado a Cristo).

Logo após o Presidente faz o sinal da cruz, essa expressão "Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo", tem um sentido bíblico, quer dizer a própria pessoa. Isto significa que nós iniciamos a Missa colocando a nossa vida e toda a nossa ação nas mãos da Santíssima Trindade.

Lembramos que não é preciso beijar a ponta da mão nem fazer o sinal da cruz na hora de comungar, ou quando se faz a genuflexão.

ACOLHIDA E SAUDAÇÃO

Na acolhida e saudação o padre acolhe e saúda a Assembléia com palavras espontâneas ou com esta forma liturgia:

Presidente - A graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai e a comunhão do Espírito Santo estejam convosco!

Assembléia - Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!

Exemplos bíblicos de saudações: (Rt 2, 4 / Lc 1, 28 / Jo 20, 19 / 2Cor 13, 11-13)

ATO PENITENCIAL

O Ato Penitencial é um convite para cada um olhar dentro de si mesmo diante do olhar de Deus. Reconhecer e confessar os "seus" pecados (Pecado é toda falta de amor). Dizem que a gente chega ao céu, ou pela inocência ou pela penitência. Ora, a inocência já perdemos, só nos resta a penitência.

Ao fazermos o Ato Penitencia, lembremo-nos do que Jesus nos disse em (Mt 7, 1-5).

O Ato Penitencial é um pedido de perdão que parte do coração, com um sentido de mudança de vida, como o profeta Davi falou a Deus (Sl 54 ou 50, 3-6)

HINO DE LOUVOR (GLÓRIA)

O Glória é um hino de louvor à Santíssima Trindade. Vem logo depois do Ato penitencia, porque o perdão de Deus nos faz felizes e agradecidos. É motivado por uma alegria que transborda de nosso coração de maneira espontânea.(At 3, 8-9 / Lc 1, 46-47 / Lc 2, 14 / Lc 2, 29-32).

O "Glória" é cantado ou recitado nas Missas solenes, seja nos domingos e sábados ou nas festas dos santos. Não se diz na Quaresma e no Advento, porque não são tempos próprios de se expressar alegria.

ORAÇÃO "COLETA"

Vêm do verbo latino "collígere", que quer dizer reunir, recolher, coletar. É daí que vem também o sentido da Oração "Coleta". Ela quer reunir, numa só oração, Todas as orações da Assembléia.

LITURGIA DA PALAVRA

A Liturgia da Palavra tem um conteúdo de maior importância. Nesta hora, Deus nos fala solenemente. Fala a uma comunidade reunida como "Povo de Deus" e fala intimamente a cada um dos presentes. (Hb 4, 12 / Lc 7, 14-15)

1ª LEITURA

Em geral, é tirada do Antigo Testamento, onde se encontra o passado remoto da história da Salvação. Pode também ser uma carta.

SALMO RESPONSORIAL

É uma espécie de eco ou resposta à mensagem proclamada. Não pode ser um canto qualquer, as vezes, canta-se outro "Canto de Meditação, que pode ser também válido, desde que sua mensagem esteja dentro do tema da Leitura e ajuda a Assembléia a rezar e a meditar a Palavra de Deus que acabou de ser proclamada.

2ª LEITURA

Em geral, é uma carta ("Epístolas"). São Gregório disse: "A Bíblia é a carta de amor de nosso Pai. E, muitas vezes, nós a deixamos fechada no envelope".

CANTO DE ACLAMAÇÃO

Terminada a 2ª Leitura, vem primeiro a Monição ao Evangelho. Só depois é que vem o canto. E a Monição não é uma espécie de homilia, mas um breve "comentário", convidando e motivando a Assembléia para ouvir o Evangelho. A monição é feita com a Assembléia sentada, mas a Aclamação canta-se de pé. Na Quaresma e no Advento o Canto de Aclamação não tem "Aleluia".

EVANGELHO

Toda a Assembléia esta de pé, numa atitude de expectativa para ouvir a Mensagem. E o padre ou o diácomo proclama o Evangelho, junto da estante, num lugar mais elevado, para ser visto e ouvido claramente por todos.

Para a proclamação do Evangelho o leitor saúda a Assembléia e esta responde da seguinte maneira:

Padre: O Senhor esteja convosco!

Todos: Ele está no meio de nós!

Padre: Evangelho de Jesus Cristo, segundo ... (Mateus)!

Todos: Glória a vós, Senhor!

Cada Pessoa faz um sinal da cruz na testa que seria um pedido para Deus abrir a cabeça para ter uma boa compreensão da palavra, outro sinal na boca que seria um pedido para que pudesse espalhar essa mensagem corretamente aos outros e um sinal no peito que simboliza abrir o coração para amar esta palavra que vai ser proferida.

No final do Evangelho, o padre diz:

Padre: Palavra da Salvação! (E beija o Livro Sagrado)

Todos: Glória a vós, Senhor!

HOMILIA

Homilia também tem como significado Sermão, Explicação, etc.

Se um homem do povo pegar a Constituição Brasileira e a ler todinha, pouca coisa ele vai entender. Assim acontece com a Bíblia Sagrada. Precisamos de quem a explique. os próprios Apóstolos, depois de ouvirem as parábolas pediam a Jesus que lhes explicasse o que elas queriam dizer.

O sacerdote é um "homem de Deus". Na homilia, ele "atualiza" o que foi dito há dois mil anos. Diz o que Deus está querendo "Hoje" com aquela mensagem proclamada àquela comunidade ali presente. E os fiéis não devem levar em conta a pessoa do padre, em si, com seus defeitos, mas o próprio Cristo, que disse a seus discípulos: "Quem vos ouve, a mim ouve; quem vos rejeita, a mim rejeita" (Cf Lc 10, 16).

PROFISSÃO DE FÉ

Um dos momentos mais belos da Liturgia da Palavra é, sem dúvida, logo após a homilia, quando toda a Assembléia se levanta e faz solenemente a sua Profissão de Fé, recitando em voz alta "Creio em Deus Pai". Com essa atitude queremos dizer que cremos na Palavra de Deus que foi proclamada e estamos prontos para pô-la em prática. É como um juramento público.

O "Creio em Deus Pai" é a base a fé católica, e quando nós falamos que cremos na santa Igreja Católica, estamos falando da Igreja como algo divino (instituído por Deus), não da Igreja "pecadora" (constituída por criaturas humanas imperfeitas) (Mt 16, 18-19).

ORAÇÃO DOS FIÉIS

A Oração dos Fiéis encerra a Liturgia da Palavra. É a Palavra de Deus feita oração. Depois de ouvirmos a Palavra de Deus e de professarmos nossa fé e confiança em Deus que nos falou, nós colocamos em Suas mãos as nossas preces de maneira oficial e coletiva. E fazemos essas orações confiando em Jesus, que disse (Mt 7, 7-8)

Essa Oração dos Fiéis é também chamada "Oração Universal", ou mesmo, como dizem alguns, "Preces da Comunidade". Convém que, normalmente, se faça esta oração nas Missas com o povo, de tal sorte que se reze pelas seguintes intenções:

* Pelas necessidades da Igreja;

* Pelos poderes públicos e pela salvação de todo o mundo;

* Pelos que sofrem qualquer necessidade;

* Pela comunidade local.

LITURGIA EUCARÍSTICA

A Eucaristia reúne duas coisas:

Como Sacramento, renova a Ceia Pascal,

Como Sacrifício, renova o ato redentor de Cristo na Cruz.

PROCISSÃO DAS OFERENDAS

A procissão das oferendas não é coisa que precisa ser realizada, faz-se quando tem uma razão especial.

As pessoas que participam da procissão representam a assembléia em geral.

As ofertas não podem ficar "isoladas", mas devem ter um significado e ajudar a participação da unidade na Liturgia.

Terminada a Oração dos Fiéis, o Presidente e os Ministros vão para o altar a fim de prepararem as oferendas.

Nesta altura o altar está preparado: corporal estendido no centro, como uma toalhinha, missal aberto, o cálice e a patena com a hóstia grande do sacerdote.

As principais ofertas são o pão e o vinho. Podem-se trazer outras coisas, como ramos de trigo, cachos de uva, água, flores...

Na hora do Ofertório, colocamos na cesta a nossa oferta para conservação e manutenção da casa de Deus. Não é uma "esmola", mas sim uma gratidão, em sinal de retribuição a tantos benefícios que dele recebemos. Na verdade não importa a quantia que se coloca mas sim a intenção se coloca.

APRESENTAÇÃO DO PÃO E DO VINHO

O Presidente oferece o pão a Deus, dizendo:

"Bendito sejais, Senhor, Deus do universo, pelo pão que recebemos de vossa bondade, fruto da terra e do trabalho do homem, que agora vos apresentamos e para nós se vai tornar pão da vida!" E a Assembléia responde: - Bendito Seja Deus para sempre!

Aí o sacerdote coloca a hóstia sobre o corporal e prepara o vinho para oferecê-lo do mesmo modo. Antes, porém, ele põe algumas gotas de água no vinho, dizendo: "Pelo mistério desta água e deste vinho, possamos participar da divindade de vosso Filho, que se dignou assumir a nossa humanidade".

Como se vê, a mistura da água no vinho simboliza a união da natureza humana com a natureza divina de Jesus Cristo.

Em seguida, o Presidente eleva o cálice e diz: "Bendito sejais, Senhor, Deus do universo, pelo vinho que recebemos de vossa bondade, fruto da videira e do trabalho do homem, que agora vos apresentamos e para nós se vai tornar vinho da salvação! " Aqui também a Assembléia responde: - Bendito seja Deus para sempre!

A oração deve partir também da comunidade, que se constitui numa "Assembléia Celebrativa". Por isso, o Presidente se volta para o povo e pede: "Orai, irmãos, para que o nosso sacrifício seja aceito por Deus Pai Todo-Poderoso!"

E a Assembléia responde: "Receba o Senhor por tuas mãos este sacrifício, para glória de seu nome, para nosso bem e de toda a santa Igreja".

Quando a Missa é solene e festiva, costuma-se fazer a incensação do altar, do Presidente da Celebração e da Assembléia. O incenso tem um simbolismo: significa que aquele sacrifício deve subir até Deus, como a fumaça.

PREFÁCIO

Terminada a Oração sobre as Ofertas, começa o diálogo que nos introduz no Prefácio. É o seguinte:

Pres. O Senhor esteja convosco!

Ass. Ela está no meio de nós.

Pres. Corações ao alto!

Ass. O nosso coração está em Deus.

Pres. Demos graças ao Senhor nosso Deus!

Ass. É nosso dever e nossa salvação.

Esse diálogo é sempre o mesmo em todos os tempos do Ano Litúrgico. Em seguida vem o Prefácio, que é variável.

O "SANTO"

O Final do Prefácio é sempre igual. Termina com esta aclamação:

"Santo, Santo, Santo, Senhor, Deus do universo! O céu e a terra proclamam a vossa glória. Hosana nas alturas! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas alturas! "

Quanto o "Santo" é cantado (Ex. Hosana Rei), mudam-se algumas palavras. Mas o sentido deve permanecer o mesmo.

O "Santo" é tirado do profeta Isaías (6,3) que nessa passagem ele deixa bem claro, que é um homem de lábio impuros, indignos de falar em nome de Deus, e que, no entanto, viu a glória do Senhor no templo.

Passagem indicada Ex 3,1-5.

CONSAGRAÇÃO DO PÃO E DO VINHO

No momento da Consagração, a Assembléia deve ajoelhar-se (sininho é um sinal de alerta) e levantar-se logo em seguida.

Momentos antes da Consagração, o Presidente estende as mão sobre o pão e o vinho e pede ao Pai que os santifique, enviando sobre eles o Espírito Santo. Depois recorda o que Jesus fez na Ceia e pronuncia as palavras da consagração, que agora, no novo Missal Romano são:

"TOMAI, TODOS, E COMEI: ISTO É O MEU CORPO, QUE SERÁ ENTRE POR VÓS".

Em seguida, o Presidente recorda que Jesus tomou o cálice em suas mão, deu graças novamente, e o deu a seus discípulos, dizendo:

"TOMAI, TODOS, E BBEI: ESTE É O CÁLICE DO MEU SANGUE, O SANGUE DA NOVA E ETERNA ALIANÇA, QUE SERÁ DERRAMADO POR VÓS E POR TODOS, PARA REMISSÃO DOS PECADOS. FAZI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM".

Depois da consagração do pão, o Presidente levanta a hóstia à vista da Assembléia. Em seguida faz uma genuflexão para adorar Jesus presente no Santíssimo Sacramento. O mesmo ele faz após a consagração do vinho.

Terminada a Consagração, o Presidente da Celebração proclama solenemente, mostrando o Sacramento:

Pres. - Eis o Mistério de nossa fé!

Ass. - Anunciamos, Senhor, a vossa morte e proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus!

Algumas passagens que mostram a origem da Ceia Eucarística: (Nm 9, 1-5), (Lc 22, 15-20), (Jo 6, 35-69).

ORAÇÕES EUCARÍSTICAS

A primeira oração é pelo Papa e pelo Bispo Diocesano porque eles têm maior responsabilidade na Igreja. Sua missão é ensinar, santificar e governar o Povo de Deus. Por isso a comunidade precisa orar muito por eles.

Rezar pelos mortos é um ato de caridade. Os mortos de hoje foram os vivos de ontem, e o os vivos de hoje serão os mortos de amanhã. E todos juntos somos uma só Família.

Finalmente pedimos por nós mesmos como "povo santo e pecador", a fim de que um dia estejamos reunidos com a Virgem Maria, os Apóstolos e todos os bem-aventurados no céu, para com eles louvarmos e bendizer a Deus.

Nossa oração termina "por Jesus Cristo nosso Senhor", porque Ele mesmo disse (Jo 16, 23-24).

Por isso encerramos a grande Oração Eucarística ou Anáfora, proclamando solenemente: "Por Cisto, com Cristo e em Cristo..".

Este ato de louvor é dito de pé, sendo que o Presidente da Celebração levanta a Hóstia e o cálice. É um louvor solene, proclamado pelo Presidente. A participação da Assembléia está no "Amém!", que pode ser cantado.

Presidente: Por Cristo, com Cristo e em Cristo, a vós, Deus Pai Todo-Poderoso, na unidade do Espírito Santo, toda honra e toda a glória, agora e para sempre!

Assembléia: Amém!

PAI NOSSO

Antes de ser ensinado por Jesus, o Pai-Nosso foi vivido plenamente pelo mesmo Cristo. Portanto, deve ser vivido também pelos seus discípulos.

O Pai-Nosso é uma oração de sentido comunitário e não individualista. Mesmo quando rezo sozinho, estou incluindo nessa oração todos os meus irmãos. Pois eu digo Pai "Nosso" e não Pai "meu", venha "a nós" o vosso Reino e não venha "a mim".

SAUDAÇÃO

Depois do Pai-Nosso, o Presidente reza uma oração, pedindo a Deus que nos livre de todos os males. Porque é quando estamos liberto do mal é que podemos experimentar a paz e dar a paz.

Antes da saudação, o Presidente recorda a palavra de Jesus, fazendo este diálogo com a Assembléia:

Presidente: Senhor Jesus Cristo, dissestes aos vossos Apóstolos: Eu vos deixo a paz, eu vos dou a minha paz. Não olheis os nossos pecados, mas a fé que anima a vossa Igreja; dai-lhe, segundo o vosso desejo, a paz e a unidade. Vós, que sois Deus, com Pai e o Espírito Santo.

Assembléia: Amém!

Presidente: A paz do Senhor esteja sempre convosco!

Assembléia: O amor de Cristo nos uniu.

Aí o Presidente convida a Assembléia para que se saúdem uns aos outros no amor de Cristo.

FRAÇÃO DO PÃO

Terminada a saudação , o celebrante parte a hóstia grande e coloca um pedacinho da mesma dentro do cálice com vinho consagrado. Esse ato de partir o pão chamas e "Fração do Pão" que é um belíssimo sinal de fraternidade, como se parte o pão em nossas casas para todos os irmãos.

Enquanto o Presidente da Celebração coloca dentro do cálice um pedacinho da hóstia, ele reza em voz baixa: "Esta união do Corpo e do Sangue de Jesus, O cristo e Senhor, que vamos receber, nos sirva para a vida eterna!" Ao mesmo tempo, a Assembléia recita ou canta o "Cordeiro de Deus".

CORDEIRO DE DEUS

Embora no Ato Penitencia todos já se tenham purificado, ao aproximar-se o momento da Comunhão os fiéis sentem-se indignos de receber o Corpo do Senhor e pedem perdão mais uma vez, dizendo:

"Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós!
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós!
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, dai-nos a paz!"

Enquanto isso, o sacerdote se inclina diante do Santíssimo Sacramento e pede a Jesus que aquela comunhão seja para a sua salvação. Ninguém se atreva a receber o Corpo do Senhor indignamente.

Terminado o "Cordeiro de Deus", o Presidente levanta a Hóstia consagrada e a apresenta à Assembléia, dizendo:

"Felizes os convidados para a Ceia do Senhor! Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!"

E a Assembléia responde: "Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e sereis salvo". (Mt 8,8)

MODO DE COMUNGAR

Depois que o padre apresenta a Hóstia para o povo, dizendo: "Felizes os Convidados", reza em voz baixa: "Que o Corpo de Cisto me guarde para a vida eterna". Em seguida comunga o Corpo e o Sangue do Senhor. Depois o padre e os ministros dão a comunhão para os fiéis. Mostrando a Hóstia a cada um diz: "O Corpo de Cristo" E quem comunga responde: "Amém! Não é para fazer o sinal da cruz. E não faz mal que a hóstia toque os dentes.

Quanto ao modo de receber a comunhão, na boca ou na mão, compete a cada Bispo deve determinar em sua Diocese. Quem comunga, recebendo a hóstia na mão, deve elevar a mão esquerda aberta, para o padre colocar a comunhão na palma da mão. O comungante, imediatamente, pega a Hóstia com a direita e comunga ali mesmo, na frente do Padre. Não pode sair com a Hóstia na mão e comungar andando. Para comungar é preciso estar na graça de Deus (sem pecado grave) e em jejum (sem comer e sem beber bebida alcoólica uma hora antes da comunhão).

RITOS FINAIS

Antes de falarmos do rito da bênção, lembramos que, terminada a Comunhão do povo, convém haver alguns momentos de silêncio para interiorização da Palavra de Deus e ação de graças. Pode‑se também recitar algum salmo ou cantar algum canto de ação de graças. Depois da ação de graças vem a "Oração Após a Comunhão", de pé. Terminada a Oração, que é proferida pelo Presidente, então sim, podem‑se dar avisos e fazer convites.

BÊNÇÃO FINAL

A bênção final pode ser com uma fórmula simples ou solene. Por exemplo, uma fórmula simples é esta: Pres.:"Abençoe‑vos Deus todo‑poderoso, Pai, Filho e Espírito Santo!." Ass.: "Amém!" Ao dar a bênção, o padre traça uma cruz sobre a Assembléia, e todos podem inclinar a cabeça.